O Céu de Suely

Não é um post novo...já publiquei antes. E nem é um filme novo.
Mas o momento me leva até ele novamente.

Conta a história de uma moça do interior do Ceará que vem a São Paulo tentar a vida, não dá certo e regressa para Iguatu com o filho e com o sonho de um futuro que descobre mais tarde, não existe. O apoio da família e de um novo namorado nada servem para apaziguar o desalento que toma conta dela a medida que percebe sua incapacidade de alterar a realidade. Diante disso, decide ir por um outro caminho (que não vou contar para quem não viu, ver).

Não dá para ficar indiferente.
Me encanta esse mundo que, nós mulheres criadas e vividas na cultura do sudeste, não conhecemos. Essas mulheres do interior do Brasil que preenchem as ruas de São Paulo e trazem na bagagem o mesmo sonho de Hermila. Me fortalece admirá-las e ver a capacidade que têm de se re-inventar para poder seguir. Visualmente gosto da imagem delicada e rude do mandacaru. O filme tem essa qualidade. Mas uma imagem em particular (que fotografei na tela da TV) ilustra e define o céu de Suely e seu sentimento.
Na estrada, próximo a cidade, há uma placa que diz para quem chega:
"Aqui começa Iguatu"

e para quem parte:
"Aqui começa a saudade de Iguatu".
Isso é lindo !


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