Júpiter em Sagitário, uma nova visão de mundo.

Por José Maria Gomes

Quando Galileu avistou pela primeira vista com o telescópio, os satélites girando ao redor de Júpiter, a partir desta percepção, de sua mente e dos cálculos matemáticos, projetou a Terra no espaço sideral, a girar junto com os demais planetas, em volta do Sol. Tirou a Terra e o homem do Centro do Universo. Estava dado o "Salto Epistemológico", a experiência que o sentido da visão precisava viver, para empiricamente sair das formulações abstratas da metodologia aristotélicas. Isto o leva a ser considerado o "pai da ciência moderna." 

Júpiter está relacionado à experiência da VISÃO, não no sentido meramente físico, ocular, como indicam os  instrumentos de aumento como os telescópios, ou os óculos que corrigem a imagem aos olhos, ou mesmo os microscópios que amplificam o minimo da menor partícula observável pelo sentido.

A VISÃO que Júpiter, o planeta da BOA FORTUNA, se refere, é aquela que revela realidades que não são tão óbvias aos sentidos, mas que ampliam a percepção que nos aproximam de saciar a sede da Verdade, da Justiça, do Bem que está além dos sentidos, mas que aos sentidos toca, pois que permite o acesso a uma realidade que não está só ali, na experiência do contato direto e objetivo com os fatos, está tanto no mundo interior como no universo inteiro.

A VISÃO que Júpiter representa não diz respeito exclusivamente àquilo que se contempla no mundo da vida lá fora, cores, distâncias, tamanhos, nitidez, foco, mas principalmente à abertura para a experiência que se estende para dentro, para constituição do Ser Interior, e simultaneamente para fora, para constituir o mundo (Richard Tanas).

Desta forma, esta é a VISÃO dos que veem além, veem o que outros não estão vendo, e como sujeito que considera-se observador e observado, fazendo parte da totalidade, reflete as estruturas que constituem a realidade que se estende ao mundo exterior. Segundo Richard Tarnas, crenças, teorias, metáforas, os mapas de compreensão do mundo, mitos e supostas interpretações (a hermenêutica) que se configuram na experiência psíquica e somática, organizam a realidade externa, dando forma a partir da interação de sutil reciprocidade. 

"AS VISÕES DO MUNDO CRIAM MUNDOS".

Deste modo pode-se dizer que Júpiter, enquanto VISÃO de mundo não é simplesmente uma maneira de ver, de contemplar o mundo da vida, lá fora: é o modo como se cria o mundo, um novo modo de viver.
Uma nova VISÃO DE MUNDO constitui novas imagens estruturantes que se movem no meu, no seu, no nosso inconsciente individual e coletivo, e estabelecem novas sinapses, novas dinâmicas de relações, onde tudo faz parte do Todo, o Todo está em tudo, até nas mais ínfimas partículas subatômicas do espaço, no qual a realidade está a todo instante se constituindo, e expressando o Universo inteiro, em cada parte, dando um novo sentido e significado aos acontecimentos pessoais, sociais ou para a humanidade inteira.


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